Este foi o
primeiro resultado positivo para o 1º semestre desde 2014. Ao todo, segundo o
Ministério do Trabalho, foram 7.523.289 contratações e 7.455.931 demissões no
período.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
O Ministério do Trabalho
informou nesta segunda-feira (17) que o Brasil gerou no primeiro semestre deste
ano 67.358 mil vagas formais de trabalho. Os dados constam do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged).
Este
foi o primeiro resultado positivo para o período desde 2014. Ao todo, segundo o
governo, foram 7.523.289 contratações nos primeiros seis meses deste ano e
7.455.931 demissões.
No
primeiro semestre do ano passado, foram registradas 531,7 mil demissões a mais
do que as contratações. Em 2015, 345,4 mil.
Os
números do primeiro semestre, assim como dos últimos anos, foram ajustados para
incorporar informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de
janeiro a maio. Os dados de junho ainda são considerados sem ajuste.
Os dados de junho também mostraram mais contratações do
que demissões. No mês passado foram abertas 9.821 vagas formais.
Foi
a primeira vez, desde 2014, que houve criação de postos formais no mês de
junho. Naquele ano, foram abertas 25.363 vagas com carteira assinada.
Além
disso, junho foi o terceiro mês consecutivo de criação de postos de trabalho.
"Gostaríamos
de estar comemorando números melhores do que esses. Mas a economia dá sinais de
recuperação, e melhor que seja gradual e em patamares menores, do que venhamos
a ter uma bolha e depois [queda]. Isso é uma sinalização de que a economia se
estabelece de forma mais segura", avaliou o ministro do Trabalho, Ronaldo
Nogueira.
Nogueira
avaliou, também, que ações do governo contribuíram para a geração de empregos
no primeiro semestre, como a liberação de saques das contas inativas do FGTS,
além do ajuste nas contas públicas e a reforma trabalhista.
Segundo
ele, a expectativa é que o resultado final deste ano seja com mais contratações
do que demissões. Ronaldo Nogueira, porém, não quis fazer uma estimativa.
"Economia
não tem como estimar. Os próprios economistas cometem erros. Os astrólogos e os
profetas também erram previsões", disse.
Últimos
12 meses
Apesar da criação de empregos formais em junho e no
primeiro semestre deste ano, o Ministério do Trabalho informou que, nos últimos
doze meses até junho, foi registrada a demissão de 749.060 trabalhadores com
carteira assinada.
Setores
No primeiro semestre deste ano, de acordo com o
Ministério do Trabalho, cinco setores da economia admitiram trabalhadores. O
setor que mais contratou foi a agricultura, com 117.013 vagas abertas.
Neste
período, a indústria de transformação registrou a abertura de 27.775 empregos
com carteira assinada, ao mesmo tempo em que o setor de serviços contratou
60.757 trabalhadores formais. A administração pública registrou a contratração
de 18.372 pessoas.
Por
outro lado, o comércio ainda teve resultado negativo, com a demissão de 123.238
trabalhadores com carteira no primeiro semestre deste ano.
A
construção civil, por sua vez, fechou 33.164 vagas formais no período, enquanto
a indústria extrativa mineral demitiu 1.444 empregados.
Números
regionais
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de
contratações em três das cinco regiões do país no primeiro semestre de 2017.
A
região Sudeste foi a que mais abriu vagas formais seis primeiros meses deste
ano, quando 67.414 pessoas foram contratadas. Na região Centro-Oeste, foram
abertas 62.025 vagas e, na região Sul, outros 46.662 foram contratados.
A
região Nordeste, entretanto, registrou a demissão de 96.330 trabalhadores nos
seis primeiros meses deste ano, enquanto a região Norte contabilizou o
fechamento de 12.413 vagas formais.
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